Descrição
Um convite à poesia bachelardiana, é assim que vejo o livro “Devaneios entrópicos”, pois lemos nele uma complementariedade daquilo que Bachelard fez com a epistemologia, Zander o fez com a poesia, em outras palavras, enquanto Bachelard fazia uma ciência poética, Zander empreende um poesia epistemológica. Numa zootécnica ecopoética a psicoentropia de Zander nos leva a desinventar nossa relação com a linguagem, como um passarinho cantante do ninho de Manoel de Barros. Zander brinca com as palavras, como uma criança que cria conceitos, ou melhor, cria fenômenos para que com ele habitemos em nossa casa onírica entropológica que é autossustentável por se alimentar de suas próprias imagens. Ler Zander é um convite à criatividade da descoberta genealógica da genialidade que há em cada coisa vista poéticamente como não-coisa. Enfim, é um livro para se ler de trás para frente, de frente para trás e do meio para todos os lados, como toda boa poesia que diz: vá em frente, pois sempre um olhar novo há de gerar.
Gabriel Kafure da Rocha
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